considerações

A parede do quarto.
O velho de mim a olhá-la.
Como foi a ultima pegada da criança?
Em que banquete comeram minha fúria?
Não me dou mais ao luxo de ir além dos meus braços.
Mas gosto de tomar banho de chuva.
Olhar através de outros olhos o segredo conciso do meu próximo.
Nádegas, bustos, tantas coisas buscam espaço na mesa de jantar.
E esse ensurdecedor aplauso ao presente.
Tantas faces pintadas redesenhada por um mundo interno.
Meu mundo se torna cada vez menor.
E minha lógica menos marejada.
Aprendo a me alimentar do opróbrio.
E da aos cães meus sinceros carinhos.
Pílulas, vaidade, ecos, fumaças que falam de amor.
A cura é o veneno, me nego a falar do antídoto.
É! Como foi a ultima pegada da criança?
Há tempo que carrego em meu semblante a marca deste adeus.


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