
Minha terra tem palmeiras,
Igual na Barra da Tijuca;
Dos passarinhos nas gaiolas,
Só a mentira se escuta.
De todas nossas estrelas,
Só nos sobrou a Rosa,
Suas faixas e “outdoores”,
Nos parecem fazer troça.
Em cismar, sozinho, à noite,
Prazer não encontro mais lá;
Minha terra tem palmeiras,
Cocaína, crack e cola.
Minha terra tem terrores,
E há muito foi esquecida;
Se eu vagar — sozinho, à noite —
Me desvio de bala perdida;
Minha terra tem palmeiras,
Que não nasceram lá.
Não permita Deus que eu morra,
No meu retorno para lá;
Que ao sair de Vista Alegre
Depois de um papo genial;
Possa avistar as palmeiras,
O Guanabara e o Mundial.
(Hugo Labanca)
Igual na Barra da Tijuca;
Dos passarinhos nas gaiolas,
Só a mentira se escuta.
De todas nossas estrelas,
Só nos sobrou a Rosa,
Suas faixas e “outdoores”,
Nos parecem fazer troça.
Em cismar, sozinho, à noite,
Prazer não encontro mais lá;
Minha terra tem palmeiras,
Cocaína, crack e cola.
Minha terra tem terrores,
E há muito foi esquecida;
Se eu vagar — sozinho, à noite —
Me desvio de bala perdida;
Minha terra tem palmeiras,
Que não nasceram lá.
Não permita Deus que eu morra,
No meu retorno para lá;
Que ao sair de Vista Alegre
Depois de um papo genial;
Possa avistar as palmeiras,
O Guanabara e o Mundial.
(Hugo Labanca)
2 Comentários
Não só uma bela releitura de Gonçalves Dias, como uma linda Ode à Vista Alegre!
ResponderExcluirGrande abraço, Labanca!
Bravo. Bravo. Alfinetadas sutis e necessárias. Belíssimo!
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