morte e afins

Existe uma vida aquém da vida, no espaço que qualquer pessoa poderia olhar mas ninguém se lembra.

Na verdade pensamos o tempo todo nas hipóteses de um porvir de uma eternidade, mas quem sabe o propósito, se é que haja algum, pois no fundo tudo não passaria de nossa mente tentando construir coerencias em meio ao acaso, quem sabe o propósito não está justamente em não ter eternidade.

Como um ser mortal, como tudo no mundo o é, devemos cantar a ode ao momento de morrer, lembro-me de uma experiencia com nosso camarada Rogério Batalha, compositor e pesquisador de letras e linguagens, com sua mãe ou avó, não estou muito certo sobre o grau de parentesco, que internada na UTI, as máquinas param... o que a princípio parecia o fim de tudo... um tempo parada e retornam, e ela levanta, canta maravilhosamente um belo samba de louvor a mangueira, deita novamente e falece.

Creio que poucas pessoas terão uma experiencia tão maravilhosa de sua própria morte, em geral tendemos a morrer maltrapilhos, encostados em cantos de hospitais públicos, ou por coisas tolas como atropelamentos ou quem sabe um infarto por preocupações.... no mais só o que nos resta é saber que morreremos, e teremos sorte se este momento for cercado de poesia.

Não é tão importante assim saber se há ou não algo após, isso não é necessario, e difícil asunto a se tratar quando "pensamos em nossa extinção pessoal", a nós humanos porém, basta saber que a eternidade é real, se não somos egoístas  e percebemos que a vida sempre continua.... para os que ficam.

E encerro com frases de nosso poeta anderson fortuna, “ Raul morreu, eu vou morrer, todo mundo morre, viva Raul”

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