Crítica "Napoli Napoli Napoli"




“Napoli Napoli Napoli” é um filme que apresenta a cidade de Nápoles na Itália, através de três histórias e depoimentos - tudo em tom documental -, que sobrepõem o painel da realidade da social da cidade. O grande chamariz do filme não é a ficção em si, e, sim os depoimentos de presidiárias.

Nápoles é considerada uma das mais perigosas cidades europeias, tendo influência da violência e agiotagem de Camorra. Lá pelas tantas do longa, a prefeita afirma em seu discurso que o problema deles é a falta de emprego. A falta de oportunidades empregatícias forçam os cidadãos napolitanos a entrarem na criminalidade; trabalhando no tráfico, consumindo drogas, roubando e se prostituindo. Isso é confirmado com os depoimentos das presidiárias, em que seu infortúnio foi não ter tido oportunidades de trabalhos dignos e que para suas subsistências, entraram para o crime. E temos outra informação com depoimentos: o grau de instrução dos cidadãos é o fundamental.

A montagem do longa nos remete aos documentários de Eduardo Coutinho, em que os depoimentos mesclam com encenações. Além disso, o diretor abusou de imagens didáticas em preto e branco a fim de instruir os espectadores a respetio de Nápoles, com informações geográficas, políticas e sociais. Uma estratégia interessante, a fim de proporcionar uma melhor configuração e visualização acerca da cidade. Três histórias ficcionais se misturam com os depoimentos, e, conseguem por sua vez transporem verossimilhança.


Os tais depoimentos são importantes para o entendimento dos espectadores da realidade deles. As mulheres roubam e se prostituem a fim de alimentar suas famílias, já que o governo por sua vez não os ajudam. Ou nem cometem os crimes, mas pagam por eles como bodes expiatórios.

“Napoli Napoli Napoli” mostra a dura realidade de uma cidade assolada pela violência, onde seus cidadãos não tem um apoio governamental. Ver o filme reascendeu o sentimento de que o Rio de Janeiro é de fato a cidade maravilhosa.

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