Crítica - "Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme"

“Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme” é continuação do clássico dos anos 80 dirigido por Oliver Stone. O filme inicia com a libertação de Gordon Gekko, personagem de Michael Douglas. Shia LaBeouf é Jacob, noivo de Winnie – filha de Gekko, interpretada por Carey Mulligan -. Shia está para o filme como Charlie Sheen está para o antecessor.

Jacob é um novato no mercado da bolsa de valores, assim como Gekko, ele é ambicioso e está em busca de vingança. Os sucessivos jogos presentes no longa, não são apenas em busca do dinheiro, mas também pela diversão que lhes proporciona. O roteiro é regado de ditados populares, caracterizando as personagens e a profissão.

Entre Gekko, Jacob e Bretton (o vilão), vê-se os jogos de poder a troca de finuras em forma de provérbios. Segundo Gekko “um pescador reconhece outro pescador”. Assim como os pescadores que mentem para proteger sua pescaria, inventando histórias para manter os demais longe dos locais onde eles acham os peixes,os corretores agem da mesma maneira, a fim de proteger seus impérios e acabar com o do inimigo.

Por causa da denúncia de Buddy Fox (personagem de Charlie Sheen no filme anterior), Gordon foi preso e perdeu sua família. Jacob quer a vingança e criar seu império, para isso se alia a ele ajudando-o a reconquistar a filha. Mas como diz o velho ditado “uma vez rato, sempre rato” ou até mesmo “a carne é fraca”. Na primeira oportunidade, Gordon mostra que continua o mesmo e que tudo até então feito por ele não passava de puro fingimento ou que ele realmente estava sendo sincero, mas é humano e poder ter tudo de volta é mais importante do que reaver a família.

A finalização da trama é um tanto utópica, destoando do roteiro e podendo ser comparada ao deus ex macchina. Além disso, a estética adotada por Oliver, lembram os seriados norte americanos. O que não é de todo o mal. Mas se comparado a tais seriados, o longa de Stone com certeza tem mais atrativos. O casting por exemplo, constituído por ótimos protagonistas e participações de Susan Sarandon e Charlie Sheen; ainda com Josh Brolin como o antagonista. Essa é uma continuação que mostra que o clássico não perdeu sua força e que ao longo dos anos a ganancia pode ser questionada quanto à sua importância no mundo dos negócios. Novamente enfatizo, a finalização do longa destrói toda a trajetória das personagens.

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