CRÍTICA - A REDE SOCIAL de DAVID FINCHER



“A Rede Social” de David Fincher (Zodíaco, Seven e Clube da Luta) narra a história da fundação do Facebook. A criação do site de relacionamentos gerou polêmica e muitos processos ‘nas costas’ de seu cofundador Mark Zuckerberg. Surge então, a curiosidade dos espectadores ansiosos pelo filme e usuários da rede: Como surgiu? Na verdade, esta não é a pergunta certa, e sim: por quê?

Os espectadores e internautas têm muitas respostas para esta questão. A primeira motivação de Mark, foi chamar a atenção da ex-namorada. Criar um site, para que todos usem e compartilhem seus perfis é uma boa estratégia.


Depois, suas pequenas motivações:
1ª Fazer parte de um clube;
2ª Manter contato com as pessoas que conhece;
3ª Saber o que estas pessoas estão fazendo;
4ª E quem está interessado(a), tem ou não namorado(a), ou se está interessado(a) em alguém, entre outros.





Estes pretextos são apresentados no longa, o que era para chamar atenção da ex, vira uma febre entre os jovens de Harvard, e depois do mundo inteiro. Mas o objetivo principal de Mark fica nas entrelinhas, que é ser parte de um clube. Isso fica explícito no relacionamento que ele e seu amigo Eduardo Saavera, recém aceito no clube mais requisitado da Universidade de Harvard, desenvolvem depois da integração do segundo na tal irmandade. Fica claro, que pertencer a um clube é importante sim.


A montagem do filme intercala dois dos processos pelos quais Mark se envolveu durante a fundação do site, sendo mostrado simultaneamente com os acontecimentos. Esta opção fragmentada transforma a narrativa mais pulsante, prendendo a atenção dos espectadores aos dados. Os diálogos frenéticos no ritmo dos feeds de notícias do site são difíceis de acompanhar, se os espectadores não forem gênios da informática; mas não deixam de ter suas qualidades construtivas. A insegurança, imaturidade e genialidade de Mark podem ser captadas através do roteiro. No trailler, há um teaser de quem ele é.


A música Creep do Radiohead - em versão com um coral feminino - diz em um trecho “eu sou um esquisito, o que estou fazendo aqui? eu não pertenço aqui”. É uma das dúvidas que assolam o jovem milionário. Aliás, toda a trilha - criada por Trent Reznor, vocalista do Nine Inch Nails - pulsa junto com o pensamento rápido dos criadores assim como os bites de transferência dos dados da rede. A música de Trent contribui para a atmosfera nerd.




Para os jovens, pertencer a um grupo é importante na sua vida social, e, a criação do Facebook, possibilita a eles integrar um clube (que só entra quem recebe convite), e a Mark ser o cara legal que criou a grande rede social. Além disso, está em constante mudança, se adaptando às necessidades dos jovens, como ter acesso às fotos, compartilhar links e no mural publicar o que está pensando/fazendo/querendo. Se o internauta sai com alguém, mas desconfia que este alguém tenha outro: facebook it!

Ficha Técnica

PS *Aos que estão na curiosidade de saber como foi fundado o Facebook:
O livro “Bilionários por Acaso: a Fundação do Facebook, uma História de Sexo, dinheiro, Genialidade e Traição”de Mezrich.

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1 Comentários

  1. A internet possibilita reais escolhas e uma maior liberdade dentro da área da comunicação. Na TV escolhemos entre opções que grandes empresas escolheram para gente. Não adianta mudar de canal, pois o ponto de vista sempre é igual (o do homem branco, racional e rico).

    Como a história das redes sociais mostra. Na internet se você não acha o que quer cria o que precisa.

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