FALECIMENTOS NA FAVELA

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Quando morre um bom sujeito,
um digno trabalhador
na favela
Não acende-se vela
Tão-pouco compra-se um caixão
para pôr o cadáver
Não há cerimônia ou velório
Não há rezas, nem choros
Apenas enterra-se o morto
no pico da montanha do morro
Fincando uma cruz
que simboliza
pedidos perdidos de socorro.






- Poema extraído do livro VISCERAL _ Felipe Rey

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2 Comentários

  1. e aeeee felipe rey al medah dando o ar da graça aqui de novo.

    poesia urbana pra caramba cara; eu já tive a honra de andar no cume do complexo do alemão e vi lá coisas que realmente não gostaria de ver, gente sofrida em casas de madeira e chão batido sem comida e de rosto sofrido; vi meninos portando armas com o dobro do seu tamanho vi um sol a pino e vi uma das vistas mais belas todo o rio de janeiro bahia de guanabara e baixada fluminense numa paz sem igual.
    no cume onde um dia tim lopes se foi também habita a dor de muitos que só encontraram ali para viver.

    agora pra amenizar o comentario/desabafo que a muito precisava fazer, só tenho uma coisa a dizer: é nense porra é nense porra !!!!!!!!!

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  2. a nossa comuna FLUMINISTA vai poder enfim vociferar : " WE ARE THE CHAMPIONS , MY FRIEND . . . " k k k k . . .

    e mui grato pelo comentário bastante salutar e enriquecedor , comanche .


    a B s .

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