Conquanto, o fato do fato, não ser fato, acaso algo lhe escorra às mãos, às axilas, às ancas; de fato o fato em si abstrato. Abstrato, redigo, na concretude e credulidade da linguagem – ato o qual se eterniza - e nos concordes intersubjetivos se desnuda, quando corremos pernetas, como sacis psicóticos nas florestas psíquicas sem muletas; impudicas e deliciosas cadeias poéticas montanhosas. O que se quer, sequer se sabe, é!
Pelo sim, pelo não, ainda insultados e insuflados pela ascese das malhas do tempo, acenamos obscenos com os maiores dedos destros a amores e paixões renunciadas e tão simplórias nas clareiras destes nossos seres, porque demasiados somos. Entrementes, não pretensos, nossas poucas palavras, atingir todos os públicos; ou criar novos mundos, almejamos demonstrar o não-saber e o que há.
E os tapetes voadores dessas letras, palavras, músicas, bramidos permissivos, desmascarem-se nos ares sobrevoados e que se façam latentes e pragmáticos os conteúdos ocultos dos risos geriátricos, desse universo desdentado. Sobretudo, quais trilhas percorrerão? Quais vias seguirão? Quais carreiras riscarão?
(RODRIGO DE OLIVEIRA)
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