Introdução ao Conceito de Multidão

Trazemos aqui uma apresentação de alguns conceitos trazidos por Negri a respeito das novas estruturas do capital e das forças  produtivas no mundo contemporâneo.

O capital não é algo estático, o capital é comunicação, uma relação de forças sociais que compreende o mundo onde o capital, nos tempos contemporâneos, tende cada vez mais a explorar o tempo e o espaço, estar inserido em todos os limites da vida humana, para Negri Sendo assim já não há mais um “fora” do capital, de onde se lute contra ele.

A soberania que é entendida aqui como controle da reprodução o capital, se desloca do eixo dos Estados-Nações, vistos serem estes hoje, para o olhar do capital, incapazes de controlar os mecanismos de reprodução da sociedade. O capital assume sua soberania no não-lugar é aqui que Negri traz o conceito de Império, que diferente do imperialismo onde um estado-nação controlade forma unilateral áreas subordinadas de sua influencia, o Império é supra-nacional atuando através de sistemas de controle da vida. Esta fluidez que setornou realidade a partir da evolução dos sistemas de comunicação e da he-gemonia da produção de trabalho imaterial, torna possível observarmos hojeum mundo de poderes descentralizados.

Em a natureza do espaço, Milton Santos define que- “a busca da mais-valia a nível global faz com que a sede primeira do impulso produtivo(...) seja apátrida, extra-territorial, indiferente as realidades locais e ambientais”(santos,1996)Temos também que esta mesma mobilidade que define o mercado de trabalho como um todo geram ampla oscilação entre empregados e desempregados,gerando a classe que Milton Santos define como proto proletários.

Esta passagem do fordismo ao pós fordismo onde o trabalho é separado de sua potencia politica gera este novo grupo amorfo, “um enxame de trabalhadores empregados, desempregados, biscateiros, camelôs,...”(negri,2000) Apobreza torna-se um simples fato de não conseguir dar valor a atividade que  realiza.

A dialética hegemônica já não é mais a de uma classe trabalhadora contra  uma burguesia capitalista, mas a luta deste corpo amorfo que Negri denominade multidão– “uma rede de singularidades que se mantém unida com base no que compartilham e produzem em comum” (negri,2002)– pela vida.

 

SINGULARIDADES E PARTILHA PRODUZINDO O COMUM

 

 

A multidão, é assim um conceito de classe, sempre produtiva e que está em movimento, cujo poder é o da comunicação através de símbolos e da constituição de uma nova linguagem propiciar uma revolução subjetiva que para Negri formariam uma estrutura de potencia em espiral crescente.

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