Os "rebeldes líbios" e a OTAN

Há uns meses postei aqui sobre o absurdo apoio de parte da esqueda brasileira aos "rebeldes líbios". Apoio este baseado num maniqueísmo vazio, como se estes fossem os heróis do bem contra o ditador do mal (Kaddafi).
Agora, com o assasinato de Kaddafi, pelos "rebeldes", após ser atingido pela OTAN, volto a comentar.
Alguns conmanheiros do PSTU chegaram a levantar a bandeira da monarquia Líbia (usada agora pelos "rebeldes"), totalmente subordinada às potências ocidentais, derruabada por Kaddafi aos 27 anos, em 1969.
Após 1969, a líbia se desenvolveu rapidamente e até poucos anos, tinha o melhor IDH da África, sendo superior ao do Brasil, inclusise.
Agora, que está claro para todos quêm estava por trás dos rebeldes, que incluía além das forças militares de França, Reino unido (justamente os que dividiram a líbia no pós 2ºGM até 1969), as dos EUA, com apoio da Mossad e foças Sauditas, pergunto: quem da esquerda agora tem a coragem de defender os "rebeldes"?
A opinião pública mundial apoiou os rebeldes, devido a intensa campanha da grande mídia mundial, à serviço do grande capital, e parece que muitos companheiros da esquerda (não me refiro apenas ao PSTU), não tem coragem de sustentar posições políticas impopulares, colocando o populismo acima dos princípios políticos e se subordinando à visão midiática propagada para a população.
Óbvio que a líbia era uma ditadura, e não tinha o mesmo apoio popular, após as reformas pró-ocidente que gerou políticas de austeridade nos últimos anos, que aproximou Kaddafi do Ocidente novamante. Não estou apoiando ditaduras. Esta não é a questão principal!
As verdadeiras lideranças (no sentido democrático do termo)ou auqeles que pretendem ser, não necesariamente são "expressões idênticas" da vontade popular, mas sabem discuti-la e questiona-la e fazer proposições de reflexão.
A última coisa que a política pode ser é maniqueísta. A questão não era se kaddafi era bom ou ruim, a restão era o que ele representava e o que representam os "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição.
Minha crítica se direciona a alguns companheiros da esquerda, pois os da direita nem vale à pena.