O resultado eleitoral das eleições municipais no RJ em um primeiro momento salta aos olhos como uma catástrofe O PMDB e sua base aliada se fortalecendo e reproduzindo no poder pelo meio do voto para trucidar o povo com suas políticas. No entanto, se pararmos para analisar para além de um imediatismo podemos enxergar uma realidade submersa. Oculta pelos holofotes eleitorais acesos pela mídia e todo aparato institucional que visa a manutenção do mesmo. Encontra-se uma outra realidade, que transcende a lógica quantificativa das urnas tal como divulgada pelo canal midiático.
O PMDB com uma aliança gigantesca que contava até partidos tais como PT e PCdoB (outrora partidos do campo da esquerda, que hoje capitularam para fazer o jogo do poder) venceu. Mas sob um quadro conjuntural bem interessante.
O Freixo pelo PSOL representa uma nova esquerda eleitoral que parece se consolidar como uma força política "moderada" que realmente pode incomodar eleitoralmente (tal como o PT fazia tempos atrás) em um futuro breve. Se somarmos os votos de outros candidatos de esquerda também temos números relevante. E se pararmos para analisar as abstenções nulos e brancos a coisa fica ainda mais interessante.
A gigantesca cifra de "não voto" não significa um simples desleixo como a mídia tenta apontar. Boa parte do povo "caga" pra eleição por considerar ela inútil, e muitos militantes e pessoas criticas não votam por não acreditar neste caminho político.
Pensemos no somatório dos votos do Freixo, dos demais candidatos de esquerda e dos muitos "não votos" por descredito no sistema eleitoral. Com certeza o número de pessoas que rejeitam o que esta colocado como constituído é colossal.
Não podemos subestimar o poder do questionamento que não cabe na lógica das urnas e no jogo do poder constituído.
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