Cuba hoje: Mais de 100 imagens de Havana em julho de 2015.


Em uma viagem de 10 dias a Cuba, um país que é um símbolo de resistência para o imaginário da esquerda latino americana vislumbramos uma realidade única. Em meio ao calor tropical, ergueu-se diante nossos olhos um cenário que mescla a estética de um passado socialista e uma atualidade onde a economia capitalista se torna hegemônica, evidenciando também muitas das contradições do antigo e burocrático poder estatal. Pobreza, crescente desigualdade social e sentimento consumista aparecem como características desta Cuba de economia mista em processo de abertura. Marcada também pela notória força e criatividade de seu povo que faz de tudo para enfrentar os problemas econômicos e sociais que atingem o país. É impressionante a força desta gente que ressuscita carros e prédios antigos os fazendo úteis, que sobrevive em meio a precariedade logística dos produtos mais básicos, e que conserva uma cultura invejável. Andando nas ruas podemos encontrar facilmente as pessoas mais cultas: Médicos, sociólogos, artistas, advogados e etc. É impressionante ver como uma formação mais isonômica pode refletir uma outra realidade subjetiva. Mesmo que devido aos problemas econômicos estas mesmas pessoas acabem por trabalhar de forma precarizada para o estado (devido a baixos salários) ou para o privado (sobretudo para o turismo em atividades informais ou pouco regulada no que diz respeito a direitos trabalhistas).
Que Cuba enfrente este momento peculiar de sua história da melhor forma possível. Com certeza buscando transformações positivas, que são desejos legítimos e notórios de seu povo. Mas mantendo também o que historicamente conseguiu-se conquistar no país. Uma educação e saúde mais isonômica que a maioria dos países do mundo e também a criticidade de seu povo, seja ao capitalismo cruel, seja ao estado burocrático.

Por: Diego Felipe 

































































































































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