Crítica - Reliquias da Morte - parte1

Sei que a postagem de resenhas e filmes é tradicionalmente um espaço da Thais, e que o utiliza muito bem. Reconheço que tenho falta de prática em escrever este tipo de texto, mas peço licença pra aqui fazê-lo.
Eu iria postar esta critica na terça-feira passada, mas desde então eu não tive tempo pra fazer qualquer outra coisa que não fosse trabalhar.
Na 2ª feira eu vagava pelo recém reformado Madureira Shopping após descobrir que não teria aula àquela noite. Lembrei-me que na semana anterior já havia conseguido um tempo pra ir ao cinema, algo que ultimamente não vinha sendo uma prática minha, assisti ao Tropa 2 e gostei. Porque não cinema? Peguei o cine-suprimento (biscoito, refri, chocolate e cerva) e rumei pra ver um filme. O titulo? Tinha poucas duvidas: As Relíquias da Morte. Conheço toda a saga de Harry Potter através do livro e reconheço que as adaptações pro cinema poderiam ter sido melhores. A decepção eu já sabia que era provável, agora eu queria me surpreender. E me surpreendi. Já sabia que seria diferente pois o ultimo livro se difere dos outros, o plano de fundo não é mais a escola de magias, mas o que eu não sabia é que a forma de dirigir também era diferente.
A adaptação da história pro roteiro é muito boa, os assuntos sempre abordados pelos livros agora estavam muito mais presentes naquele filme. Política, preconceitos variados, escravidão, paralelos com fatos historicos, facismo, anseios da juventude e imprensa tendenciosa são facilmente distinguidos sem que se perca a necessária fantasia do filme. Os já tradicionais efeitos especiais aparecem com utilizações justificaveis, sem exagero, o que dá mais naturalidade às ações das personagens. A direção de fotografia foi o que mais me chamou atenção: sensacional. A cenografia e a edição também colaboraram muito pra isso. Belas imagens, boas aplicações de planos de cobertura e movimentos de camera, enquadramentos que auxiliam a boa narrativa do filme, e ainda tem uma ótima animação finalizando, isso sem perder a unidade nem a identidade da obra. A direção de atores está muito melhor do que a dos outros filmes, talvez se deva ao amadurecimentos dos artistas principais. Os diálogos são mais coerentes e as pausas são muito bem utilizadas, bem como as expressões faciais e corpóreas. O bom trabalho da direção e das equipes técnicas me rendeu não a sensação que tinha perdido cerca de 2 horas ali, como acontece com alguns filmes, mas que havia valido a pena adiar o merecido descanço em casa por mais 2 horas.
Acredito que os fãs da série literária podem não ter gostado da adaptação por não ter todas as passagens e a riqueza de elementos do livro, e os fãs da série audiovisual podem ter achado ruim esta diferença em relação aos filmes anteriores, já que a série deveria amadurecer junto com o espectador e isto não vinha acontecendo nos filmes, mas alguém tem que reclamar, né, e desta vez não sou eu. Acredito até que uma e outra pessoa que costumam resmungar da série resmungariam muito menos se visse este filme.

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4 Comentários

  1. Eu não vi o filme. Ainda. Mas vi os anteriores, mesmo sem tr lido tds os livros, gostei dos filmes, acho q valem a pena, uma diversão sabe. Acho no geral boas adaptações pro cinema. Com relação ao amadurecimento dos personagens junto com o público, bem, isso como a gente bem sabe, nem rolou mesmo. Dentre essas sequencias de filmes q eram livros, senhor dos aneis dispensa comentários né, ainda mais tendo finalizado com o retorno do rei q no meu ponto de vista é o melhor. Já falando de crepuscuo, li os livros e vi os filme, um lixo, foi mal, mas é tão ruim é engraçado. Dai tem o HP q eu não li td mas vi td, gosto de td e acho q realmente, num total, ta ganhando, atinge tds os públicos e é bom mesmo, seja no livro ou no filme.
    Bjs amigo, comentei uma bíblia.
    =D

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  2. dos livros de ficção que viraram filme gostei de ver Os Dez Mandamentos

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  3. Gostou mesmo, Bertamé?
    Ainda não vi nenhuma boa adaptação da biblia pro cinema. Talvez só o "Dogma".

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  4. Pôxa , o que me dizem de "A paixão de Cristo " do Mel Gibson ? Ele "destruiu" aquela visão européia do Cristo loiro , bonitonho e sem marcas de crueldade...o cara quase esfolou o "Filho do Homem" vivo ! kkkkkkkkkkkkkk!

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