O que fazer diante de uma crise política que envolve: a falência de um modelo tradicional de luta sindical, dos modelos de partidos de esquerda, da democracia representativa e etc? A resposta de muitos setores políticos é a constante negação da realidade. Tenta-se reanimar o cadáver dos modelos de luta tradicionais para afastar o"perigo" da energia transformadora dos movimentos que ascenderam fortemente a partir de 2013. O medo do novo faz muitos se encastelarem em suas posições para tentar proteger o ideário "do mais do mesmo". Tal política defensiva estrangula a luta, mas para alguns a manutenção de aparatos e "controle" é mais importante do que a luta em si. Temos os governistas que acusam todos que apontam para a construção do "novo" como como "movimento fascista" anti esquerda. Propagandeando a mentira de que o governo do PT é de esquerda e que ataca-lo é ser de direita.Temos também vários partidos de esquerda eleitorais que para além de funcionarem como linha auxiliar do governo do PT, tem de atacar violentamente aqueles que insistem em fazer diferente do que eles mesmo fazem há décadas. Apontar o passado como uma "era de ouro" e tentar solucionar a atual crise da esquerda sem levar em conta as criticas ao aparelhamento e a burocracia sindical é um devaneio. A negação e o falseamento não podem deter o movimento constituinte que hoje se coloca. A criminalização dos que lutam radicalmente e a politicas de fechamento das organizações dos trabalhadores a sua base não vão curar o que esta decrepito. O poder que se constrói "de baixo pra cima" não pode ser detido, nem mesmo pelo asfixiamento "suicida" da luta como está se fazendo. A "energia" que anima a multidão não vai se dispersar, ela só se acumula para um novo estrondo a por vir. E ao contrario do que muitos andam pensando, aqueles que jogam em nome da conservação do "mais do mesmo" para proteger suas posições vão pagar o preço político por suas ações.
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